Confira a entrevista com a pesquisadora Anna Venturini, do Núcleo de Pesquisa e Formação em Raça, Gênero e Justiça Racial (Afro-Cebrap)
Implantado há quase 20 anos no Brasil, o sistema de cotas foi alvo de grandes debates dentro e fora da academia. Hoje consolidado, o processo de seleção foi estruturado reparação histórica pela herança da escravidão e contra desigualdades.
Ainda existe o debate sobre como definir quais inscritos estão ou não aptos a concorrer à reserva de vagas, além da discussão sobre o combate às fraudes.
Nesta semana, a USP, que resistiu anos antes de adotar a política afirmativa, tomou a decisão inédita de expulsar um jovem acusado de fraudar cotas raciais e sociais. O estudante do curso de relações internacionais Braz Cardoso Neto alegou ser pardo e de baixa renda, mas falhou em comprovar a declaração.
O mesmo aconteceu na UnB, que oficializou a cassação do diploma de dois alunos e a expulsão de outros 15 por suspeita de fraudes nas cotas raciais, em decisão também inédita.
Para entender o sistema de cotas, seus resultados e o tamanho da questão das fraudes nesse universo, o Café da Manhã conversou com a pesquisadora Anna Venturini, do Núcleo de Pesquisa e Formação em Raça, Gênero e Justiça Racial (Afro-Cebrap).
O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando abaixo. Para acessar no aplicativo basta se cadastrar gratuitamente.