Indicado pela ala moderada do governo pode cair antes mesmo de tomar posse por causa de invenções no currículo acadêmico
Com o iminente naufrágio da indicação de Carlos Alberto Decotelli para o Ministério da Educação, assessores do corpo técnico da pasta, que há tempos esperavam por um sopro de sanidade na gestão da pasta, temem que Jair Bolsonaro desista de ouvir a ala moderada do governo e volta a colher “talentos” no RH de Olavo de Carvalho.
Fontes ouvidas pelo Radar reconhecem que a falha da ala militar do Planalto, que apadrinhou Decotelli sem sequer checar as credenciais exibidas por ele na plataforma Lattes, voltou a animar a banda radical do governo, que tornaram a apostar suas fichas em nomes como Carlos Nadalim, Ilona Becskeházy e Sérgio Santana.
Bolsonaro, como o Radar vem mostrando nos últimos dias, passou a adotar um comportamento moderado no Planalto, como forma de baixar a pressão na relação com os outros poderes. Com o recesso do Judiciário começando nesta quarta-feira, último dia de expediente, no entanto, o presidente voltará a reinar sozinho no noticiário, enquanto os tribunais atuarão em regime de plantão.
O Parlamento, é verdade, não fará recesso, mas nunca se sabe quando terminará a moderação de Bolsonaro. Resta saber se o governo vai se manter na proposta de um nome “conciliador” para a Educação, ou se vai ceder ao discurso da turma de Olavo, na linha, “eu avisei”.
Fonte: Veja