Taxa de reposta dos docentes foi a mais alta entre os segmentos da comunidade universitária; também responderam à pesquisa 63,5% dos estudantes e 63% dos TAEs
O Subcomitê Acadêmico apresentou à reitoria, na última terça-feira (16), o “Diagnóstico Institucional Junho de 2020”, que apresenta os resultados do levantamento feito junto aos professores, estudantes e Técnicos Administrativos em Educação (TAEs) em relação às condições necessárias para a retomada do ensino de forma remota. Cada segmento respondeu a um questionário específico com o objetivo comum de identificar as necessidades para que as atividades acadêmicas possam ser viabilizadas de forma inclusiva.
Em uma primeira fase, a ideia é retomar o ensino por meio de atividades pedagógicas não presenciais, com o auxílio das tecnologias de informação e comunicação – videoconferências, aulas gravadas, compartilhamento eletrônico de arquivos e fóruns de discussão, entre outros.
A pesquisa contou com a participação massiva dos professores: 92% dos 2.742 docentes da ativa responderam ao questionário. Entre os estudantes (graduação, pós-graduação e Colégio de Aplicação) a taxa de resposta foi de 63,5% e considerando apenas os alunos de graduação chegou a 65%. Entres os TAEs, este percentual ficou em 63%.
A maior parte dos professores está na faixa etária entre 35 e 44 anos (37,58%) e entre 45 e 54 anos (25,24%). Apenas 5,65% tem 65 anos ou mais. Questionados sobre se fazem parte do grupo de risco à Covid-19, 67,44% dos docentes da UFSC responderam negativamente.
Neste semestre, 49,28% dos docentes que responderam ao questionário possuem atividades de ensino somente na graduação, enquanto 38,42% atuam simultaneamente na graduação e na pós-graduação.
Aulas práticas são o maior desafio
A maior dificuldade para o desenvolvimento das atividades pedagógicas não presenciais, apontam os professores, são as aulas práticas (76,04%), seguidas das atividades pedagógicas (59,63%) e da necessidade inclusão (53,7%).
A maior parte docentes, 56,73%, afirmou não ter dificuldades técnicas para ministrar as atividades de forma remota. Para a grande maioria deles (85,63%) microfone e/ou fone de ouvido são recursos essenciais para viabilizar isso, bem como câmera e/ou tripé (56,21%).
Embora a maioria dos professores (84,83%) afirme não precisar acessar fisicamente a Biblioteca Universitária para preparar as atividades não presenciais, uma parcela significativa deles (54,1%) afirmou que “gostaria de ter acesso à sua sala de trabalho na UFSC respeitando todas as regras de prevenção e controle da Covid-19”. Importante acrescentar que outros 45,9% responderam negativamente a esta pergunta, assinalando a resposta: “não, ainda não me sinto seguro”.
Internet, computadores, tablets e smartphones
Em relação à estrutura de rede e equipamentos para dar aulas remotas, mais de 90% dos professores afirma ter tais condições. Questionados sobre se a “conexão à Internet é suficiente para ministrar atividades não presenciais”, 91,76% responderam que sim. O percentual dos que afirmaram “possuir computador de mesa ou notebook para acessar a Internet fora do Campus da UFSC” foi de 98,57% e daqueles que “possuem tablet ou smartphone” foi de 92,44%.
Incentivados a avaliar a privacidade e o silencio no seu ambiente de trabalho em casa, 75,32% dos professores consideraram ter o “suficiente” desses dois itens.
Os professores também foram questionados sobre sua familiaridade com o uso de tecnologias digitais em educação. Somente 9,39% se autoavaliam como “excelentes” nesse quesito. A maioria, 57,96%, considera que tem uma “boa” familiaridade, enquanto 29,26% avalia como “ruim” e outros 3,38% como “péssima” a familiaridade com tais tecnologias.
64,17% querem curso de Google Meet
A grande maioria dos docentes respondeu afirmativamente às perguntas sobre se gostaria de receber capacitação em plataformas digitais. A liderança entre as opções apresentadas ficou com o Google Meet, com 64,17% de adesão, seguido pelo Zoom (61,15%), BigBlueButton (53,9%) e Jitsi (46,3%). Mais da metade dos professores, 56,81%, afirmou ter interesse em cursos de outras plataformas, não citadas na pesquisa.
85,43% gostariam de cursar o nível avançado do Moodle
A pesquisa também perguntou se os professores têm interesse em receber capacitação para usar os recursos do Moodle, software livre de apoio à aprendizagem que roda em várias plataformas.
Embora 72,49% dos docentes consiga realizar as ações básicas do programa, o interesse em receber capacitação foi significativo: 47,33% querem ser capacitados nas ações básicas do Moodle e 85,43% gostariam de cursar o nível avançado.
Retorno gradual
Questionados sobre a importância da reabertura de determinados locais da UFSC caso seja possível, do ponto de vista sanitário, o retorno gradual de algumas atividades de ensino presenciais, os professores consideraram “muito importante” reabrir: o Restaurante Universitário (87,42%), os laboratórios de Informática (86,15%), os setores de apoio a pessoas com deficiência (86,07%) e a Biblioteca Universitária (76%).
“Para que você ministre disciplinas práticas presencialmente, existe necessidade de alguma readequação de espaço físico?” Esta pergunta foi dirigida aos professores que relataram estar ministrando disciplinas práticas neste semestre. 73,8% deles responderam que sim.
Imprensa Apufsc