Em entrevista ao Globo, Alexandre Lopes explica que mudança poderá ocorrer mais à frente caso existam razões técnicas
Alexandre Lopes, presidente do Inep, autarquia do Ministério da Educação (MEC) responsável pela aplicação do exame, disse em entrevista ao Globo que o importante é garantir que as provas aconteçam e que mudanças serão feitas à medida que se mostrarem necessárias em termos técnicos.
O presidente do Inep também cobrou uma ação dos secretários estaduais e seus respectivos governos: “Eles estão fazendo seu papel para garantir a inscrição dos alunos?”, questionou.
Mais à frente, se de fato houver razões técnicas para isso, a data do Enem poderá ser alterada. Mas, por enquanto, isso não é necessário. É preciso entender que o exame é porta de entrada não só para universidades públicas, mas também para outras políticas públicas para pessoas de baixa renda, como as cotas, o Fies, o ProUni. A sociedade fica muito mais prejudicada sem o Enem. A data pode ser mudada lá na frente, mas isso tem que acontecer por questões técnicas. Já existe uma desigualdade que vem de toda a educação básica e não é o Enem sozinho que corrige isso.
É preciso pensar não só no calendário do ensino médio, mas também no do ensino superior. Se o exame fosse adiado em um mês, o resultado sairia em fevereiro e o Fies só ficaria pronto em abril. O calendário das universidades vai ser modificado dessa forma? E se eu esperar as aulas voltarem para pensar em uma nova data? As universidades vão começar o ano letivo de 2021 em junho, só depois do Fies?
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