Análise da Open Knowledge Brasil leva em conta dados disponibilizados pelos 26 estados e o Distrito Federal, além da União; Santa Catarina ocupa 18ª posição
Uma nova atualização do estudo da ONG Open Knowledge Brasil (OKBR), que desde a semana passada avalia a transparência dos dados das políticas contra a Covid-19 dos 26 estados brasileiros e do Distrito Federal, além da União, foi divulgada no fim da semana passada. No campo geral, 78% dos governos avaliados não apresentaram informações suficientes para o acompanhamento das estratégias contra a pandemia no país.
O índice na semana anterior era de 90%, mas, apesar da ligeira melhora, os números indicam que ainda há o que ser aprimorado. Pernambuco continua liderando o ranking nacional e ampliou a vantagem, marcando 90 pontos entre 100 possíveis. Santa Catarina caiu da 15ª para 18ª posição.
Para a análise, são levados em conta boletins epidemiológicos, informes e demais dados a partir dos portais oficiais dos governos estaduais e de suas respectivas secretarias de Saúde na internet com base no conteúdo disponibilizado até a manhã do dia 9 de abril.
Indicadores importantes para o monitoramento da doença receberam maior atenção nesta semana. O governo federal passou a divulgar o número de testes do novo coronavírus realizados por estado — embora apenas o Amazonas tenha detalhado a informação em seus portais oficiais. Além disso, dez estados divulgaram o número de internações por Síndrome Aguda Respiratória Grave (SARG), referencial importante para estimar a subnotificação da Covid-19. Na semana passada, eram apenas quatro.
O detalhamento dos casos suspeitos, no entanto, continua a desejar na maior parte dos estados. Pela segunda semana seguida, o Pará não pontuou, e o Amapá, que também havia ficado na lanterna da lista, registrou apenas 10 pontos. Além disso, Pernambuco continua sendo o único estado a ser classificado com um nível alto de transparência, embora Maranhão, Rio Grande do Norte e São Paulo tenham demonstrado uma melhora muito expressiva no desempenho.
Além do detalhamento de informações, como idade, sexo e hospitalização dos brasileiros diagnosticados, foram avaliadas a oferta e ocupação de leitos, bem como a quantidade de testes disponibilizados e realizados e o formato das plataformas onde as informações podem ser acessadas (como código aberto e planilhas editáveis, por exemplo), além do grau de detalhamento por municípios e bairros.
Confira o ranking completo:
1. Pernambuco – 90 (Alto)
2. Maranhão – 71 (Bom)
3. São Paulo – 69 (Bom)
4. Rio de Janeiro – 62 (Bom)
5. Ceará – 60 (Bom); Rio Grande do Norte – 60 (Bom)
6. Rio Grande do Sul – 55 (Médio)
7. Governo federal – 52 (Médio)
8. Tocantins – 48 (Médio); Minas Gerais – 48 (Médio)
9. Mato Grosso do Sul – 43 (Médio)
10. Amazonas – 40 (Médio); Paraíba – 40 (Médio); Roraima – 40 (Médio)
11. Rondônia – 38 (Baixo)
12. Bahia – 33 (Baixo)
13. Alagoas – 31 (Baixo)
14. Piauí – 29 (Baixo)
15. Distrito Federal – 26 (Baixo)
16. Paraná – 24 (Baixo)
17. Goiás – 19 (Opaco)
18. Santa Catarina – 17 (Opaco)
19. Acre – 14 (Opaco)
20. Sergipe – 12 (Opaco)
21. Amapá – 10 (Opaco); Espírito Santo – 10 (Opaco)
22. Pará – 0 (Opaco)
Leia na íntegra: O Globo