Pesquisa replicaria em âmbito nacional o levantamento que será iniciado pela UFPEL
Com a suspensão da aplicação do Censo 2020 em função do novo coronavírus, o IBGE pode ser o instituto responsável por ir às ruas para entrevistar e coletar o sangue da população na pesquisa que pretende levantar o número de infectados pela Covid-19 no Brasil. A participação do instituto está em estudo pelo Ministério da Saúde, que encomendou o trabalho à Universidade Federal de Pelotas (UFPEL).
Se confirmada a utilização do instituto, a viabilidade financeira do estudo estaria assegurada, já que essa etapa é considerada a mais cara do levantamento. De acordo com Pedro Hallal, reitor da UFPEL e coordenador da pesquisa, o custo está avaliado em R$ 30 milhões. Caso o IBGE não participe do projeto, é por este valor que deve custar o serviço de um instituto de pesquisa particular. Neste cenário, será necessário o apoio da iniciativa privada.
O estudo nacional foi encomendado pelo Ministério da Saúde no último domingo. O protocolo de atuação já está traçado. Os testes seriam realizadas em todos os estados do país, além do Distrito Federal. Ao todo, 99.750 pessoas terão o sangue coletado e analisado. Este trabalho será dividido em três rodadas, separadas por duas semanas cada uma. Em cada rodada, 33.250 serão testadas. O cronograma inicial prevê que a primeira etapa ocorra no próximo dia 9. A segunda, no dia 23. A última, em 7 de maio.
O nome técnico para este levantamento é “inquérito sorológico”, e o número de testados servirá como uma amostra do total da população. Assim, será possível saber o percentual de infectados em cada cidade. Para abranger de maneira uniforme todos os estados, foi adotada a divisão do Brasil por regiões intermediárias, estabelecida pelo próprio IBGE. Ao todo, são 133 no país. Em cada uma delas, 250 pessoas passarão pelo teste a cada rodada. O Rio de Janeiro, por exemplo, conta com cinco. Já São Paulo, 11.O instituto afirma, no entanto, que a não fará a coleta de campo e o inquérito sorológico.