Grupo dará apoio às decisões do governo estadual e de municípios
A Secretaria Regional da SBPC de Santa Catarina anunciou nesta segunda-feira, 30 de março, o lançamento de uma força-tarefa de cientistas, com o objetivo de apresentar dados para embasar decisões governamentais.
O grupo de entidades científicas reunidas pela SBPC-SC dará apoio às autoridades do Estado, ficando à sua disposição para dirimir dúvidas, interpretar dados e indicar estratégias que sejam baseadas nas mais confiáveis evidências científicas disponíveis.
A força tarefa, liderada pela SBPC-SC, tem apoio de entidades como a Associação Brasileira de Saúde Coletiva, a Sociedade Brasileira de Imunologia, a Sociedade Brasileira de Virologia e os Departamentos de Saúde Pública e de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia da UFSC.
Além disso, o grupo catarinense contará com um canal de diálogo direto com os cientistas da Fiocruz do Rio de Janeiro, que têm atuado de forma exemplar no enfrentamento da crise no Brasil e países vizinhos.
Na semana passada, quando o governador de Santa Catarina, Carlos Moisés, anunciou o afrouxamento da quarentena no Estado, a Secretaria Regional da SBPC-SC tomou a frente em um processo emergencial de avaliação científica dessa medida, reunindo especialistas em saúde pública, imunologia, virologia e epidemiologia de diferentes entidades. Esse grupo de pesquisadores de diferentes áreas elaborou um manifesto de “alerta ao governo e à população, sobre a importância de se observar os dados científicos e técnicos no planejamento de medidas que devem ser tomadas para conter o avanço descontrolado do vírus.”
A nota pública foi referendada por mais de 70 entidades de diversas áreas: acadêmico-científicas, sindicais, de serviços e/ou assessoria à saúde, entre outras. O manifesto ajudou a reverter a decisão do governo estadual, que prorrogou a quarentena por mais sete dias em Santa Catarina. “Diferentemente do contexto macro político — que desconsidera a ação da C&T, acentuando uma percepção de política pública pautada apenas em interesses econômicos – em SC demos provas de que a comunidade científica articulada pode e deve ter muito peso na tomada de decisões de grande impacto coletivo”, avalia a SBPC.