Abraham Weintraub admitiu que houve “inconsistências” na correção da última prova objetiva que afetaram o resultado de milhares de estudantes
A União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) decidiram que vão acionar nesta terça-feira (21) o Ministério Público Federal para buscar indenização por danos morais aos candidatos do Enem que foram prejudicados pelo erro na correção do último exame. No sábado, 18, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, admitiu que houve “inconsistências” na correção da última prova objetiva que afetaram o resultado de milhares de estudantes.
“Nosso objetivo é uma reparação material aos candidatos por conta do prejuízo psicológico e emocional que tiveram com essa quebra de expectativa”, explica Pedro Gorki, presidente da UBES. Se a reclamação das entidades for aceita pelo MPF, os candidatos poderão impetrar uma Ação Civil Pública para garantir indenização.
O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes, disse ontem que pelo menos 80% das notas erradas foram aumentadas após passarem por revisão dos gabaritos.
O prazo para inscrição no Sisu, com base nas notas do Enem, será aberto hoje e o prazo de inscrição foi estendido: vai até domingo. Lopes justificou o tempo maior para inscrição para dar tempo de participantes prejudicados analisarem a nota correta hoje e escolherem qual universidade querem cursar.
O presidente da UNE, Iago Montalvão, disse que a entidade tem recebido muitas mensagens com denúncias de erros nas notas. “Essa negligência do MEC levou a uma situação em que não há mais confiança e segurança nas notas obtidas por centenas de milhares”, escreveu Montalvão no Twitter. Ele pede realização de auditoria na correção do Enem.
Fonte: Uol Notícias