UEM, Unifesp e UFSM estão entre as 10 primeiras universidades em ranking global com instituições que mais tem pesquisas feitas por mulheres
A Universidade de Leiden, na Holanda, divulgou um ranking global das instituições de ensino superior que mais têm produção acadêmica realizada por mulheres. Entre as dez primeiras colocadas, há três instituições brasileiras: a Universidade Estadual de Maringá (UEM), em segundo lugar; a Federal de São Paulo (Unifesp), em oitavo; e a Federal de Santa Maria (UFSM), na décima posição.
O resultado partiu de análises dos artigos publicados no banco de dados internacional Web of Science, entre 2014 e 2017. O gênero de cada autor é levantado a partir de um algoritmo que tem 90% de precisão e leva em conta nome e nacionalidade.
A UEM tem a maior proporção de mulheres cientistas no Brasil, 54% e, no ranking global, ficou atrás apenas da Universidade Médica de Lubin, na Polônia. No entanto, apesar da alta participação feminina na produção científica da UEM, os números não são tão positivos ao avaliar o aspecto racial, com baixa presença de pesquisadores e alunos negros. Em uma tentativa de diminuir esse desequilíbrio, a instituição aprovou o sistema de cotas raciais, que será aplicado a partir do vestibular de 2020.
Já na Unifesp, a reitora Soraya Smaili atribui a oitava colocação no ranking a um conjunto de fatores. Entre eles, a presença feminina nos cargos de liderança., criando não apenas diversidade de gênero, mas dando vazão a um conjunto de mulheres que têm talento e já estavam na universidade, mas não eram vistas. Ainda assim, reconhece que há um caminho a ser percorrido, para garantir a presença feminina nos mais altos postos, entre os pesquisadores com níveis mais altos do CNPQ, nos conselhos superiores das universidades e nas agências de fomento à pesquisa.
Leia na íntegra: Carta Capital