Mais de 80% dos 384 mil docentes têm mestrado e/ou doutorado, segundo Censo da Educação Superior de 2018
A qualificação dos professores da educação superior vem aumentando a cada ano, segundo dados apurados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Mais de 80% dos 384 mil docentes têm mestrado e/ou doutorado. As informações são do Censo da Educação Superior 2018 e indicam que a meta 13 do Plano Nacional de Educação (PNE) foi alcançada.
O compromisso previsto no PNE (Lei n.º 13.005/2014) é que a proporção de mestres e doutores no corpo docente em exercício no ensino superior seja maior que 75%, com um mínimo de 35% de professores com título de doutor (43% com dados de 2018).
Há cada vez mais professores com doutorado nas instituições de educação superior. A proporção cresce tanto na rede pública quanto na rede privada, mas é na rede pública que a participação de doutores tem apresentado um crescimento maior: 64,3% dos professores possuem doutorado; há dez anos, essa proporção era de 44,3%. As instituições particulares também têm seguido a mesma tendência. O censo de 2018 apontou que 25,9% dos professores têm título de doutor e, em 2008, eles eram 13,1%.
A participação de mestres na educação superior vem crescendo, impulsionada pelo aumento do número na rede privada. Nas instituições particulares, metade dos docentes tem mestrado (50,1%), sendo que, há 10 anos, estes compunham 40% do total. Na rede pública, que vem registrando um crescimento consistente de doutores, a participação de mestres registra uma leve queda. As informações de 2018 mostram que um em cada quatro professores (25,5%) tem mestrado, enquanto em 2008 eles eram 28,1%.
Especialização – Os dados do Censo da Educação Superior mostram um movimento definido pela busca de maior qualificação dos docentes, verificado inclusive quando se calcula a proporção de professores que tem até a especialização lato sensu. A curva de queda na participação deste grupo é significativa tanto na rede púbica quanto na rede privada. Na última década, a proporção de docentes caiu de 28,1% para 10,2% nas instituições públicas e de 46,9% para 24% em 2018.
EAD x presencial – A educação a distância (EAD), que praticamente triplicou o número de ingressantes na última década, mostra um comportamento ligeiramente diverso dos cursos presenciais em relação à qualificação dos docentes. Apesar de os cursos na modalidade a distância terem um percentual menor de doutores do que os cursos presenciais, eles possuem uma menor proporção de docentes que tem até a especialização em sua formação. Nos cursos presenciais, 87,5% dos docentes possuem mestrado ou doutorado. Nos cursos EAD, esse percentual é de 90%. Isso ocorre porque a maior parte dos professores de cursos a distância possui mestrado, enquanto, nos cursos presenciais, a maioria é de doutores.
Leia na íntegra: Jornal da Ciência e Capes