Sindicato de docentes questiona no STF que universidades têm plantações de maconha, quais as provas, e que medidas o ministro tomou
A Associação dos Docentes das Universidades Federais de Goiás, ligada ao Proifes-Federação, recorreu à Justiça para que o Ministro da Educação, Abraham Weintraub, se explique sobre as declarações dadas por ele na semana passada a respeito das instituições de ensino. A Adufg cobrou, no Supremo Tribunal Federal, que Weintraub mencione especificamente quais universidades mantêm “plantações extensivas de maconha” e quais estão “desenvolvendo laboratório de droga sintética”.
A entidade também quer saber a partir de que provas o ministro tomou ciência desses fatos e quais medidas foram adotadas depois que ele teve conhecimento. Segundo o presidente do Adufg, Flávio Alves da Silva, o sindicato é o primeiro a entrar com este tipo de ação, cobrando explicações. “O ministro da Educação mentiu ao fazer estas declarações. É um absurdo que o responsável pela educação no País propague mentiras e falácias. Ele precisa entender que suas falas possuem consequências. Nós produzimos ciência. Isso é um desrespeito com a comunidade acadêmica”, afirmou.
Para os advogados Igor Escher e Elias Menta, as reiteradas agressões do Ministro ferem a autonomia universitária, bem como a honra e moral coletiva dos professores (as) de todas as Universidades e Institutos Federais do Brasil. Os advogados buscam, com a interpelação, uma retratação de Weintraub e já preparam uma ação reparatória pelos danos morais causados. Para eles, as declarações do Ministro passam ao largo de seu papel como gestor público, que é o de aprimorar a educação das universidades públicas e não depreciar sua imgem, especialmente sem comprovar suas suas acusações.
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