Protesto desta quarta-feira em SP é o primeiro de uma série prevista nas capitais do país contra pacote econômico, reforma administrativa e programa de empregos para jovens
Oito centrais sindicais, entre elas CUT, Força Sindical e UGT, realizam na manhã desta quarta-feira (13) protesto em frente ao Teatro Municipal, na região central de São Paulo, contra o desemprego, o pacote econômico do governo lançado na semana passada e o programa Verde Amarelo, que inclui medidas que estão sendo vistas como uma nova reforma trabalhista. Entre outros pontos, o programa propõe taxar trabalhadores que estão no seguro-desemprego, abrir bancos aos sábados e convocar trabalhadores aos domingos.
“O programa deve gerar empregos, sim, mas empregos que não vão sustentar o crescimento do País, além de retirarem vários direitos dos trabalhadores”, disse João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da Força Sindical. Para ele, o País precisa de políticas claras para as indústrias e para a infraestrutura para atrair investimentos.
Ele cita como “contradição” do governo Bolsonaro propor a abertura dos bancos aos sábados, já que a própria reforma trabalhista estabeleceu a validade do negociado sobre o legislado. “Os bancários acabaram de fazer acordo coletivo com os bancos estabelecendo jornada de 36 horas semanais e agora querem que as agências funcionem aos sábados.”
O ato de hoje reúne também as centrais CTB, Nova Central, CSB, Conlutas e Intersindical. “É o primeiro de uma série de protestos que vamos fazer em várias capitais”, afirmou Juruna. “É um ato unitário contra o pacote de maldades que prejudica a classe trabalhadora e os mais pobres.”
O pacote levado ao Senado na semana passada, composto por três PECs e que muda a gestão do serviço público no País, também é alvo do protesto. Na visão das centrais, as medidas podem levar a um “arrocho” nos investimentos em Saúde e Educação e “agravar a precarização dos serviços públicos”.
Leia na íntegra: Estadão