Levantamento do TCU revela que gasto médio foi de R$ 121.677 para os militares enquanto para os aposentados civis foi de R$ 6.447
Auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) revelou que o governo federal gasta em média 19 vezes mais para subsidiar o rombo da aposentadoria de um militar do que a de um funcionário privado, do RGPS (Regime Geral de Previdência Social). O levantamento “Panorama do Sistema de Previdência Social do Brasil” afirma que o governo gastou, com subsídios no ano todo de 2018, R$ 6.447 por aposentado civil do setor privado. Entre os militares, esse valor médio do rombo atingiu R$ 121.677.
Com servidores públicos, o gasto médio com o déficit foi de R$ 69.528 por pessoa. Na média de todos (civis, militares, privados, públicos), o governo gastou R$ 11.415 per capita (por pessoa) em 2018 para cobrir o rombo. Em 2018, a previdência dos militares teve R$ 2,3 bilhões em receitas, mas as despesas foram de R$ 46,2 bilhões.
Entre os aposentados e pensionistas do RGPS, a receita do ano passado ficou em R$ 391,1 bilhões, enquanto os pagamentos de benefícios consumiram R$ 586,3 bilhões. Apesar de ser o setor que mais onera em termos percentuais o erário, os militares não entraram na reforma da Previdência aprovada pelo Senado. Eles terão uma reforma à parte, considerada um plano de cargos e salários que privilegia os integrantes alta patente e, assim, gera desigualdade nas Forças Armadas.
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