No aniversário de 10 anos da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), foi divulgada uma nota solicitando a renúncia do novo reitor, eleito pelo governo de Jair Bolsonaro, Marcelo Recktenvald. O documento, elaborado pelos conselheiros do Conselho Universitário (Consuni) da instituição, entende a nomeação do terceiro colocado na lista tríplice como “clara violação à autonomia da UFFS e desrespeito para com a comunidade universitária”. O manifesto foi assinado por 28 dos 54 membros titulares e outros 19 suplentes.
Em reunião extraordinária na sexta-feira (13), o Consuni contou com a presença de 35 conselheiros. Foi criada uma comissão para negociar a reintegração do prédio da reitoria no campus de Chapecó. Os membros eleitos foram o docente João Alfredo Braida, a técnica-administrativa Dariane Carlesso e o estudante Maurício Klemann.
Relembre o caso
Desde o dia 29 de agosto, estudantes ocupam o prédio da reitoria da UFFS, em Chapecó. A ação é um protesto contra a nomeação feita pelo presidente Jair Bolsonaro, que escolheu Marcelo Recktenvald como reitor e Gismael Perin como vice-reitor da instituição. Recktenvald foi o terceiro colocado na lista tríplice.
A Diretoria e o Conselho de Representantes da Apufsc publicou uma nota em solidariedade à comunidade universitária da UFFS, que teve desrespeitadas suas deliberações democráticas a respeito da escolha do novo reitor da instituição. O reitor da UFSC, Ubaldo Cesar Balthazar, também publicou uma carta aberta à comunidade acadêmica da Fronteira Sul. “[..] não se discute a legalidade, tampouco se contesta a formação do Reitor nomeado, mas é fundamental que se respeite a decisão da Universidade, sem inverter os papéis entre uma Autarquia, com autonomia garantida pela Constituição Federal, e o Governo”, escreveu Balthazar.
Leia a carta dos conselheiros na íntegra
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