Coordenadores de programas de pós-graduação alertam, em carta, que pesquisas serão inviabilizadas com a queda contínua do orçamento
Representantes de 65 programas de pós-graduação da área de ciências biológicas, que envolvem cerca de 200 professores orientadores e seis mil alunos de mestrado e doutorado, divulgaram um manifesto nesta terça-feira contra os cortes feitos pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior ( Capes ), vinculada ao Ministério da Educação ( MEC ). Neste ano, mais de 11 mil bolsas de pesquisa foram cortadas pela entidade e seu orçamento em 2020 cairá pela metade, segundo a proposta enviada pelo governo ao Congresso. Os coordenadores protestaram com um “abraço” simbólico no prédio da Capes, em Brasília, e entrega de rosas.
“Os cortes já anunciados representam profundo desprezo pelos trabalhos da Ciência e Tecnologia e Inovação do país, com efeitos certamente deletérios na qualidade da educação superior e básica”, diz a nota. O comunicado diz afirma que a queda dos recursos em 50% no ano que vem representará um “duro golpe nas atividades que vêm sendo realizadas pelos programas” e assinala que a manutenção da “política de cortes pode inviabilizar vários programas de pós-graduação e mesmo a própria Capes”.