“Estamos mandando um recado que acabou a brincadeira, nossas crianças não são cobaias”, bradou a ministra em discurso ontem na Alesc
A polêmica que envolve o currículo das escolas em Santa Catarina, com a retirada de “estudos de gênero” da grade curricular, ganhou repercussão nacional. Pressionado por deputados estaduais, o governador Carlos Moisés da Silva, anunciou na quarta-feira (28) a retirada de termos relacionados a gênero, identidade e diversidade sexual do Currículo Base da Educação Infantil e Fundamental do Território Catarinense.
Agora, a Ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, apoiou a decisão de Moisés e afirmou que não é preciso conversar sobre o assunto.
“Estamos mandando um recado que acabou a brincadeira, nossas crianças não são cobaias. As famílias que elegeram o governador e o presidente não querem ideologia de gênero no Brasil”, declarou ela em evento nesta quinta-feira (29) na Assembleia Legislativa de Santa Catarina.
O currículo é o norteador de projetos políticos-pedagógicos de unidade de ensino de todo o Estado e está na fase final de elaboração, aguardando apenas a homologação do governador. O Secretário de Educação do Estado, Natalino Uggioni, afirmou em entrevista ao Notícia na Manhã da CBN que o novo documento deve entrar em vigor já no próximo ano letivo, em 2020.
Segundo ele, a expressão correta para os termos “identidade de gênero” e “diversidade sexual” seria “conhecimento do corpo humano”.
“A nossa ideia é garantir que não exista nenhum conteúdo de ideologia de gênero nas escolas”, afirmou Uggioni. A ministra Damares ainda subiu o tom e foi taxativa quanto ao posicionamento do governo. “Ideologia de gênero é violência contra criança. Não é diversidade sexual, não são os homossexuais, as lésbicas e os travestis. É além disso. Escolheram o Brasil como laboratório dessa teoria.”
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D.K./L.L.