Das 68 federais, um quarto deve aderir, diz o ministrod+ consulta pública ao programa do MEC foi prorrogada até 29 de agosto
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, afirmou ao Estadão que espera adesão de um quarto das 68 universidades ao Future-se. Se a expectativa dele se confirmar, 17 universidades vão aderir ao programa. Na opinião do ministro, os reitores que rejeitam o programa do MEC fazem parte do “pessoal militante politicamente”, aqueles que “gritam e falam mais”.
“Uma parte dos reitores veio do passado e tem ligação com PSTU, PSOL, PT, essa coisas maravilhosas. Mas tem uma parte que não é”, disse Weintraub. “Esperamos adesão ao Future-se, em um primeiro momento, de um quarto dos reitores”, afirmou o ministro, sem especificar quais universidades já sinalizaram que vão aderir ao Future-se.
Federais que já rejeitaram oficialmente o Future-se
Algumas instituições, porém, já indicaram que não concordam com a proposta tal como foi apresentada. Oficialmente, já se posicionaram contrárias: as federais do Rio (UFRJ), do Ceará (UFC), de Roraima (UFRR), de Minas Gerais (UFMG), do Amazonas (UFAM) e do Amapá (Unifap).
Segundo o secretário de Educação Superior do MEC, Arnaldo Lima, o adiamento do prazo de consulta de 15 para 29 de agosto foi feito a pedido dos reitores das universidades federais de São Carlos, Mato Grosso do Sul, de Lavras, do Oeste do Pará e também do presidente do Sebrae. O texto ainda pode sofrer alterações antes de ser enviado ao Congresso Nacional, de acordo com a pasta.
Presidente da Capes apoia o programa do MEC
O presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Anderson Correia, acredita que a resistência inicial das universidades ao Future-se se dissipará. “Elas vão acabar cedendo e entendendo que o programa será muito relevante”, avalia.
“É engraçado: olhamos para Harvad, MIT, Caltech, Stanford e falamos que “Isso, sim, é uma universidade””, afirmou, listando instituições americanas que são referência em pesquisa. “Quando voltamos, não queremos o modelo. Mas queremos ser globais. Bem, será que eles estão imitando o nosso modelo? Lá, o modelo é muito semelhante ao das OSs”, disse Correia.
Confira: O Estado de São Paulo