‘Não pode ter reajuste para servidor e tem de ter menos concurso’, diz secretário

Saída para lidar com asfixia do Orçamento é rever gastos obrigatórios, defende o secretário do Tesouro Nacional,  Mansueto Almeida

 

Em entrevista ao Globo, o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, defendeu a revisão de gastos obrigatórios, como despesas com servidores, para controlar o Orçamento e, com isso, liberar recursos para outras áreas. Ele citou o Orçamento engessado, com despesas vinculadas e indexadas, como um problema da gestão pública. Os ministérios têm hoje R$ 15 bilhões liberados, mas não são usados, pois o valor não pode ser realocado.

Questionado sobre “como o Brasil pode sair dessa situação de restrição orçamentária”, Mansueto respondeu: “Só vai sair disso mudando a dinâmica do crescimento da despesa obrigatória. A reforma da Previdência tem um efeito pequeno para o próximo ano, mas a partir do segundo ano o efeito começa a ser bem maior”. 

E acrescentou: “A outra coisa é despesa com pessoal. Esse ano essa despesa está crescendo R$ 26 bilhões. Tem reajustes que são dados, ainda tem as progressões de carreira, os benefícios previdenciários do servidor público. Para mudar isso, não pode ter reajuste para servidor e tem de ter menos concurso público.”

Confira a entrevista completa em: O Globo