Funcionários terceirizados da segurança são afetados por bloqueio de verbas
O Centro Socioeconômico (CSE) teve um de seus laboratórios arrombados no dia 8 de agosto por 6 pessoas, que levaram o equivalente a R$ 25 mil em equipamentos – seis notebooks e um desktop. Por se tratar de patrimônio público, a investigação está sob responsabilidade da Polícia Federal (PF).
O crime aconteceu no final da tarde, no Núcleo de Informática do CSE (NICSE), a 15 passos da diretoria do Centro. Na semana seguinte, foram furtados também dois projetores: um no Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH) e outro no Centro de Desportos (CDS).
Os casos foram citados na semana passada, pelo secretário de Planejamento e Orçamento, Vladimir Fey, durante apresentações feitas nos centros de ensino para explicar os cortes de orçamento na UFSC e demonstram a vulnerabilidade da universidade. No primeiro semestre deste ano, já foram registradas 129 ocorrências na UFSC. Em 2018, o número não ultrapassou 140 em todo o ano.
Entre julho e agosto, foram demitidos 36 funcionários da segurança, de um total de 95 trabalhadores terceirizados que foram dispensados. O corte é resultado da renegociação de contratos que a administração fez com prestadores de serviços para economizar e tentar sobreviver ao bloqueio orçamentário imposto pelo MEC neste ano.
O NICSE é um laboratório de manutenção que concentra equipamentos eletrônicos de todo o centro. A porta da sala tem marcas de arrombamento e a suspeita é de que tenha sido usada uma chave de fenda para a violação. Desde o delito, foram acrescentadas duas fechaduras para aumentar a segurança. “Eu ainda vou solicitar reforço nas fechaduras, película nos vidros, novas cortinas, grades na porta… Quem sabe mais câmeras?”, diz o técnico em Tecnologia, Luiz Eduardo Pizzinato, funcionário há oito anos do núcleo.
A PF segue na investigação por 30 dias após o registro do Boletim de Ocorrência. Na segunda-feira seguinte, 12, foi registrado também um furto de equipamento em um laboratório do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), no campus localizado na Avenida Mauro Ramos. A polícia investiga se há relação entre os furtos.
Ilana Cardial