MEC prorroga prazo de consulta pública do Future-se

Adiamento do prazo por duas semanas atendeu a pedidos de reitores e também do Sebrae

O Ministério da Educação (MEC) anunciou que vai prorrogar por mais duas semanas o prazo para a consulta pública do “Future-se”, que terminava hoje, informa O Estado de São Paulo. Segundo o secretário de Educação Superior do MEC, Arnaldo Lima, o adiamento do prazo foi feito a pedido dos reitores das universidades federais de São Carlos, Mato Grosso do Sul, de Lavras, Oeste do Pará e do presidente do Sebrae, Carlos Meles.  Segundo o secretário, “o Sebrae será um grande parceiro do programa” e, por isso, pediu mais tempo para apresentar as sugestões de aperfeiçoamento.

Até agora, foram registrados 49.738 cadastros de interessados em participar da consulta do programa e também os reitores das quatro universidades. Seis universidades federais já se posicionaram contrárias ao programa até esta quinta-feira (15).

Por enquanto, ainda não está decidido como será o encaminhamento ao Congresso do programa, por meio de Medida Provisória ou projeto de lei.

O secretário defendeu o diálogo e a apresentação das sugestões pelas universidades. “A educação vive ainda um momento muito dogmático e isso é expresso em instituições de ensino que estão se manifestando contra o Future-se. Agora é consulta pública”, disse. “Não é para ser a favor ou contra”, avaliou ele sobre as resistências ao programa, que partem sobretudo de grandes universidades como a do Rio de Janeiro (UFRJ). Na semana passada, o Conselho Universitário (Consuni), órgão máximo da UFRJ, aprovou nota rejeitando, por unanimidade, o Future-se na forma como foi apresentado.

Fundações de Apoio

O secretário disse que vai acatar no programa as sugestões feitas pelo presidente do Conselho Nacional das Fundações de Apoio às Instituições de Ensino Superior e de Pesquisa Científica e Tecnológica (Confies), Fernando Pelegrino. Segundo Arnaldo, o Confies inicialmente se manifestou contra o programa porque “não via as fundações” dentro dele e depois apresentou uma proposta. As fundações já arrecadam R$ 5 bilhões para apoiar projetos. As empresas juniores,  instaladas dentro das universidades, também terão prioridade no programa, disse Lima.

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