Fuga de cérebros é realidade, diz presidente da ABC

 

Em um contexto de contingenciamento e negação da ciência, pesquisadores deixam o país 

Presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), o físico Luiz Davidovich tem assinado cada vez mais cartas de recomendação para pesquisadores que deixam o Brasil. Aves raras na academia, esses doutores não querem salários altos. Procuram, na verdade, insumos e equipamentos para os quais o governo brasileiro tem empenhado cada vez menos recursos nos últimos anos.

O êxodo de cientistas, para Davidovich, é a ferida mais exposta do sistema de ciência e tecnologia (CET) do país, que se agravou no governo Jair Bolsonaro e seus contingenciamentos, ausência de projeto tecnológico e negação da ciência. O êxodo de cientistas, para Davidovich, é a ferida mais exposta do sistema de ciência e tecnologia (CET) do país, que se agravou no governo Jair Bolsonaro e seus contingenciamentos, ausência de projeto tecnológico e negação da ciência.

“A fuga de cérebros é muito concreta e dolorosa para mim”, diz Davidovich. Recentemente ele viu quatro colegas concursados abandonarem seus cargos para tocar trabalhos em Austrália, Holanda, Portugal e Chile. “Três vão para universidades estrangeiras, outro vai para uma empresa australiana de computação quântica, mas aprendeu tudo aqui”, diz.

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