95 cidades confirmaram protestos hoje em adesão à Greve Nacional

Todas as capitais e diversas cidades do interior devem registrar atos nesta terça-feira (13) contra bloqueio de verbas e para questionar “Future-se”

Pela terceira vez neste ano, estudantes, professores e servidores saem às ruas para se manifestar contra os cortes na Educação e os projetos do MEC. Desta vez, além dos bloqueios de verbas para as universidades e institutos federais, o lançamento do Future-se, no último dia 17, também motiva as manifestações, previstas para ocorrer em todo o país.

 

Até a manhã de hoje (13),  95 cidades haviam  confirmado participação na Greve Nacional em Defesa da Educação, de acordo com a revista Exame, que publicou um mapa com os principais protestos nas capitais. Nos dois primeiros atos, em 15 e 30 de maio, foram registradas mobilizações em 220 e 115 cidades, respectivamente.

Desde o começo do ano, a Educação teve R$   6,1 bilhões bloqueados, de um orçamento total previsto de R$  25 bilhões.  Em relação ao “Future-se”, a União Nacional dos Estudantes (UNE), que encabeça a organização dos protestos, afirma que a proposta “ignora o problema imediato das universidades”, que estão sem recursos para cobrir as despesas, e diz que “sucatear as universidades é um dos passos para privatizar a educação pública”.

 

O ministro Sérgio Moro autorizou a Força Nacional a atuar durante os protestos. A portaria do Ministério da Justiça, editada na semana passada, define que os soldados devem agir na preservação da ordem pública e na incolumidade das pessoas e do patrimônio, na defesa dos bens e dos próprios da União, em caráter episódico e planejado.

A UNE entrou na Justiça com um mandado de segurança contra a decisão.  Segundo a instituição, o governo não pode autorizar o uso da força para “intimidar ou impedir o direito constitucional de expressão e reunião da população brasileira em torno de temas do seu interesse, conforme previsto na Constituição Federal”.

 

As universidades federais afirmaram recentemente que todo o recurso previsto para liberação até o fim do ano será insuficiente para pagar integralmente as contas e contratos que vencem em setembro. Algumas instituições alertam que, sem a liberação de mais dinheiro, eles terão de suspender aulas ou atividades por não conseguir pagar, por exemplo, serviços de vigilância, limpeza e energia.