Indicação de Rodrigo Sergio Dias para dirigir o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação faz parte das negociações para aprovação da reforma da previdência, diz Folha
O governo Bolsonaro trocou a presidência do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) um dia após a aprovação da reforma da previdência na Câmara. O novo dirigente do Fundo, que tem orçamento de R$ 55 bilhões para investimento em educação básica, é Rodrigo Sergio Dias, ex-presidente da Fundação Nacional da Saúde (Funasa) no governo Michel Temer, e primo de Elsinho Mouco, marqueteiro de Temer.
A mudança era esperada como parte das negociações da reforma, diz a Folha de São Paulo. O agora ex- presidente do FNDE, Carlos Alberto Decotelli, vai assumir a Secretaria de Mobilidades Especializadas de Educação (Semesp).
Dias foi acusado de agredir a ex-mulher em 2014, e chegou a ser preso, mas foi absolvido em maio desse ano. Entretanto, a decisão da 1ª Vara Criminal do Foro de São José do Rio Preto o declarou culpado por lesão corporal contra o advogado da ex-mulher. A Justiça o condenou a três meses de detenção em regime aberto, mas cabe recurso.
Esses antecedentes impediram que Dias assumisse a direção da Anvisa em 2018, após forte rejeição dos servidores do órgão. Antes de assumir o FNDE, Dias trabalhou na gestão de João Dória no governo de São Paulo, como diretor administrativo e financeiro da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).
O FNDE faz parte do MEC e é responsável por maior parte dos investimentos em educação básica do país, como obras, merendas e compra de livros didáticos.
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