Funcionários corriam o risco de ficar sem plano de saúde no mês que vem, mas contrato foi prorrogado até novembro
O contrato da UFSC com a Unimed, que venceria em setembro, será prorrogado até o dia 30 de novembro. Com isso, a universidade terá um prazo maior para fazer a licitação do novo plano de saúde para professores e servidores.
A prorrogação foi acertada, nesta quinta-feira (01), entre o reitor Ubaldo Balthazar e o presidente da Unimed Grande Florianópolis, Theo Bud, durante uma reunião na reitoria.
O imbróglio entre Unimed e UFSC vem se arrastando desde o início do ano. Na prática, a universidade está nas mãos da empresa, que detém o monopólio do setor na cidade e fatura R$ 70 milhões por ano com o plano da UFSC.
O contrato, que começou em 2014, venceu em março, sem que uma nova licitação tivesse sido feita. Sabendo que a UFSC não tinha muita alternativa e que não poderia interromper a assistência médica aos 15 mil usuários do plano, a Unimed tentou emplacar um reajuste de 24,02% para prorrogar o contrato até setembro. Com a pressão da Apufsc e do Sintufsc, o aumento aplicado nas mensalidades foi menor, de 19,35%. Esse reajuste continua em vigor e será mantido até novembro.
A Diretoria da Apufsc considera que a prestadora de serviço não tem agido da maneira mais correta nesta negociação e defende a organização de um sistema de autogestão da saúde suplementar, como reivindicou, juntamente com o Sintufsc, na reunião de março. Na avaliação da Diretoria da Apufsc, esta seria uma forma de a livrar os professores e funcionários da Universidade das imposições das operadoras privadas de planos de saúde.
De março para cá, a reitoria abriu uma licitação, em que foram feitas três chamadas. Nenhuma empresa se interessou. Agora, UFSC e Unimed tentam entrar num acordo de modo que as condições previstas na próxima licitação, que será aberta até novembro, sejam atrativas para a empresa. A Unimed tem alegado prejuízo com o contrato e tem feito pressão para alterar os planos dos dependentes de professores e servidores.