Modelo prevê atuação da equipe de militares no papel de tutores
O presidente Jair Bolsonaro publicou decreto na última quinta-feira (25) que autoriza policiais e bombeiros a atuarem em unidades de ensino cívico-militares. A medida consta no “Diário Oficial da União” e é válida para oficiais militares da ativa e permite que eles atuem na gestão de escolas públicas estaduais, distritais e municipais.
O decreto ainda autoriza que os policiais e bombeiros atuem na administração de unidades de conservação ambiental, bem como em órgãos do Poder Legislativo. Ele prevê as novas funções no regulamento para as polícias militares e corpos de bombeiros, iniciativa editada e publicada em 1983.
Segundo o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, o decreto cria um instrumento jurídico para que policiais possam fazer uma espécie de “bico oficial”. A exemplo da operação delegada, que desde 2009 permite que agentes da ativa em horários de folga atuem de farda e com equipamentos da corporação em São Paulo.
O ministério da Educação pretende implementar 108 escolas cívico-militares até 2023. A ideia é que, a cada ano, haja 27 novas unidades do modelo, uma por unidade da federação.
O modelo prevê a atuação de equipe de militares no papel de tutores —diferente das escolas militares, que são totalmente geridas pelo Exército. Das atuais 203 escolas de gestão compartilhada com militares, a pasta vai ajudar 112 até 2023.
As novas unidades serão criadas por adesão dos estados. O objetivo é promover parcerias com a polícia militar, com os bombeiros ou com o Exército. Escolas militares ganharam evidência nos últimos anos por causa de indicadores educacionais positivos e por atacarem a indisciplina.
Por outro lado, educadores se opõem à militarização da educação e à priorização de investimentos no modelo, uma vez que escolas militares e institutos federais com o mesmo perfil de alunos têm desempenho similar.
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