Governadores e prefeitos tentam tirar do texto a possibilidade de cobrança extraordinária
A comissão especial da reforma da previdência pode adiar a votação do parecer do relator, Samuel Moreira (PSDB-SP), por causa de um dispositivo que daria autonomia a prefeitos e governadores para aumentar as alíquotas previdenciárias de seus servidores. As contribuições extraordinárias seriam aplicadas em caso de déficit nos regimes previdenciários de Estados, municípios e da União.
Deputados que negociaram a retirada de estados e municípios da reforma acreditam que a reinclusão da medida é uma quebra do acordo feito para aprovar o parecer. As negociações podem se estender e adiar o cronograma da reforma, já que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, quer apreciar a matéria no plenário antes do recesso de 18 de julho.
Antes, Maia contava com a possibilidade de acordo com governadores na próxima fase da votação, após a comissão especial. Mesmo assim, a possibilidade é considerada remota, e a inclusão do dispositivo de contribuições extraordinárias piorou a situação.
O presidente da comissão, Marcelo Ramos (PL-AM) disse que novas mudanças podem ser feitas no parecer do relator.
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V.L.