Atividades previstas para o dia 7 de julho vão divulgar pesquisas científicas feitas pela comunidade acadêmica
No próximo domingo (7), em São Paulo, cientistas e professores das universidades públicas e dos institutos de pesquisa estarão reunidos para participar da Marcha Pela Ciência. O objetivo é chamar a atenção da população para a importância da pesquisa científica e protestar contra os cortes de investimentos que vêm sendo intensificados no governo Bolsonaro. A concentração começa às 16h, no vão do Museu de Arte de São Paulo (Masp).
Das 10h às 17h, na altura do número 393 da Avenida Paulista, pesquisadores poderão apresentar seus trabalhos e experimentos para o público presente na “Feira de Ciências”. Os pesquisadores interessados terão barracas montadas como suporte para as apresentações, mas deverão se inscrever neste link (clique aqui).
Das 14h às 17h, no mesmo local, haverá exposição de banners científicos utilizados em congressos, simpósios, defesas de tese e outros eventos da área de pesquisa. A ideia é mostrar à população a produção científica gerada pelas universidades e institutos públicos. Os interessados podem inscrever seu banner no link a seguir (clique aqui).
O evento é organizado pelas seguintes entidades: Cientistas Engajadosd+ Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC)d+ Academia de Ciências do Estado de São Paulo (Aciesp)d+ Associação Nacional de Pós Graduandos (ANPG)d+ Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo (APQC)d+ Instituto Questão de Ciência (IQc)d+ Associação dos Docentes da Universidade de São Paulo (ADUSP)d+ Associação dos Docentes da Unicamp (ADunicamp)d+ e Associação dos Docentes da Unesp (ADUNESP).
É possível fazer a inscrição na Marcha Pela Ciência através do link: clique aqui.
Carta-convite
A organização do evento encaminhou uma carta convidando todas as instituições de pesquisa paulistas para participar do evento. No documento, eles alertam para a gravidade dos cortes no orçamento do MCTIC e do MEC, bem como para a redução de recursos para a ciência estadual e desmonte das instituições de pesquisa do Estado de São Paulo. Veja abaixo a carta:
A produção de conhecimento e a formação de profissionais qualificados são fundamentais para sairmos da crise. Ainda assim, o governo federal congelou o repasse para as universidades, bolsas de pós-graduação e projetos de pesquisa. Depois das grandiosas manifestações contra os cortes, em um acordo na Comissão de Orçamento, a oposição no Congresso Nacional conseguiu garantir R$ 1,3 bi para o Ministério da Educação, sendo 330 milhões destinados especificamente para bolsas de pesquisa. Mas continuamos com 42% dos recursos do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações contingenciados, assim como a maior parte do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).
No Estado de São Paulo, a queda na arrecadação reduziu o recurso disponível para a Fapesp, para as Universidades Estaduais e Institutos de Pesquisa.
O governo estadual, ao invés de ampliar o investimento em pesquisa, enviou e conseguiu aprovar na Assembleia Legislativa o Projeto de Lei de concessão do Jardim Botânico – área fundamental para a pesquisa desenvolvida pelo Instituto de Botânica. Além disso, pretende unificar os institutos de Pesca e o da Aquicultura e transferir o Hospital Vital Brasil, referência internacional no atendimento a pacientes picados por animais peçonhentos, do Instituto Butantã para o Hospital Emílio Ribas.
Defender as instituições de pesquisa é defender o desenvolvimento do Estado de São Paulo.
M.B.