Lideranças apresentaram informações sobre suas entidades e foram sabatinadas por professores
Os presidentes do Andes e do Proifes, entidades que representam professores de universidades federais, participaram de um debate nesta quarta-feira (5), promovido pela Apufsc. Antonio Gonçalves, do Andes, e Nilton Brandão, do Proifes, responderam às dúvidas e ouviram as manifestações dos docentes sobre a filiação do sindicato a uma das duas entidades – o que será decidido pela categoria na segunda quinzena de agosto por meio de votação online.
Debate com presidentes do Andes e do Proifes durou duas horas Foto: Vinicius Claudio
Cerca de 40 pessoas participaram do debate no auditório do CSE e nas sedes da Apufsc no interior, onde o evento, que durou duas horas, foi transmitido ao vivo. O debate foi gravado e pode ser visto no canal do sindicato no Youtube. Basta acessar este link.
Gonçalves e Brandão tiveram 20 minutos cada um para falar das entidades, explicar o funcionamento, como se dá o processo decisório e como se mobilizaram nos últimos anos nas lutas que dizem respeito à categoria docente no País. Depois, responderam às perguntas dos professores da UFSC.
Entre outros pontos, Gonçalves defendeu o Andes como espaço que mais aglutina o movimento docente no País, com um total de 135 seções sindicais. Brandão ressaltou a autonomia dos sindicatos federados ao Proifes e os acordos feitos com os governos passados.
A Apufsc foi filiada ao Andes até 2009, quando a categoria decidiu pela desvinculação e criação de um sindicato autônomo.
No fim do debate, o presidente da Apufsc, Bebeto Marques, fez uma reflexão sobre as práticas sindicais das duas entidades. “Fico preocupado porque estamos com uma cabeça velha, em um contexto absolutamente novo”, afirmou. “Se posso deixar uma mensagem de otimisto às duas lideranças é que vocês pensem, à luz das lutas que estão colocadas no nosso horizonte próximo, se não é o caso de repensarmos o modelo de organização sindical.” Bebeto se referia, principalmente, à importância de os sindicatos encontrarem meios de dialogar com os professores mais jovens, que estão ingressando na carreira sem demonstrar interesse pelas lutas sindicais.
N.O.