O Instituto Federal Catarinense demitiu 23 funcionários terceirizados, sendo 19 deles no campus de Camboriú. As demissões já são reflexo do bloqueio orçamentário feito pelo Ministério da Educação, que afeta universidades e institutos federais em todo o país. Há previsão de mais 21 demissões nas próximas semanas, sendo 19 no campus Santa Rosa do Sul e 2 em Sombrio.
De acordo com a reitoria do IFC, as verbas de custeio para 2019 eram de R$ 64,6 milhões, porém, como o MEC bloqueou R$19,4 milhões, ou 30,16% do orçamento, as despesas em manutenção de infraestrutura, como pagamento de funcionários terceirizados, limpeza e segurança foram prejudicadas. Em entrevista ao Diário Catarinense, a reitora Sônia Fernandes conta que em Camboriú, por exemplo, a frequência na limpeza dos ambientes vai diminuir, assim como o número de vigilantes, e isso põe em risco o patrimônio público pois deixa os espaços mais vulneráveis. Como o IFC possui cursos de formação agrícola, também serão afetadas atividades como manutenção de plantações e cuidados de animais.
A reitora também afirma que, por enquanto, a assistência estudantil está garantida no orçamento. Porém, Sônia conta que a situação do IFC já estava complicada pois apenas 40% das verbas estavam disponíveis para 2019. “Quando se tem o planejamento dos 12 meses, e não se conta com a totalidade (de verbas) para isso, já implicaria em bastante mudança. Mantendo (o bloqueio), põem-se em risco muitas coisas porque são unidades de mais de 100 hectares, com muita complexidade, que exigem o trabalho de técnicos”, afirmou a reitora ao Diário Catarinense.
A instituição foi criada em 2008 e surge após a integração das escolas agrotécnicas de Concórdia, Rio do Sul e Sombrio e dos colégios agrícolas de Araquari e Camboriú, que eram vinculados à Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O IFC possui hoje 45 cursos de graduação divididos em 15 campi em todas as regiões do estado. Para a reitora, os Institutos Federais estão em lugares onde há muita demanda e necessidade, pois até então não havia acesso a ensino público federal, sendo uma grande contribuição ao desenvolvimento dessas regiões.
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