Crise no MEC ameaça metas para a Educação no país

Renegociação do Fundeb,  alfabetização, formação de professores, acesso ao ensino superior e incentivo à pesquisa são temas urgentes na área

O jornal O Globo reuniu a opinião de seis especialistas em educação que listaram os temas urgentes nos quais o governo federal deveria estar se concentrando ao menos desde janeiro.

São eles: o financiamento do ensino básico, que precisa ser negociado com o Congresso ainda neste ano e afeta cerca de 40 milhões de alunos em todo o paísd+ a formação de professores, inadequada em todos os níveisd+ a distorção idade/série, em especial no ensino médio (no qual 28,2% dos alunos não estão na série em que deveriam)d+ o acesso ao ensino superior, que precisa chegar a 50% da população adulta até 2024d+ os cortes de bolsas de pós-graduação, que ameaçam a produção científicad+ e a alfabetização — mais da metade dos alunos chega ao terceiro ano do ensino fundamental com níveis insuficientes em leitura e matemática.

Nos cinco primeiros meses de governo, o Ministério da Educação enfrentou grave crise, que se estende agora com o segundo ministro no comando da pasta, Abraham Weintraub. Dezenas de trocas em cargos-chave de secretarias e autarquias — como o Inep, responsável pelo Enem, que nomeou o terceiro presidente na semana passada. A educação não foi tema de destaque durante a campanha eleitoral de Jair Bolsonaro, que assumiu o cargo de presidente sem plano de governo para lidar comos desafios de uma  área prioritária para o desenvolvimento do país.

Para os especialistas, o governo olhou a Educação com uma lente ideológica, adotando medidas cosméticas, como a criação de uma comissão de revisão do Enem. E demonstrou falta de estratégia de comunicação ao sugerir que o bloqueio das verbas universitárias seria determinado por critérios morais (instituições que permitem “balbúrdia” seriam punidas), e não técnicos.

Veja as análises dos especialistas na íntegra em O Globo


C.G./L.L.