O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou ontem que o governo estudará a possibilidade de acabar com o sistema de dedução de gastos com saúde e educação do IR (Imposto de Renda).
A medida, segundo o ministro, seria uma maneira de reduzir desigualdades, já que o benefício é voltado para a classe média.
“É um tema caro para a classe média, que gasta com saúde e educação de seus filhos. No final, você acaba tendo situações como essa, paradoxal: os mais pobres gastam R$ 100 bilhões [com o SUS] e você deixa para os mais favorecidos levarem R$ 20 bilhões [em deduções]. Claro que há algo errado aí”, disse o ministro durante audiência pública na Comissão Mista do Orçamento, no Congresso.
Nas contas do governo, o governo deixará de arrecadar R$ 20 bilhões em imposto em 2019, por causa das deduções. O plano de rever as deduções faz parte da estratégia da equipe econômica de reduzir as renúncias fiscais, que chegam a mais de R$ 300 bilhões por ano, ou 4% do PIB (Produto Interno Bruto).
Guedes não deu um prazo para a conclusão dos estudos nem confirmou se eles já estão em andamento. Ele declarou que uma das possibilidades é reduzir todas as alíquotas do IR e acabar com as deduções.
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