Em SP, Avenida Paulista foi tomada por manifestantesd+ adesão foi maior do que nos atos do #elenão
O presidente Jair Bolsonaro, que está em visita aos Estados Unidos, enfrentou na quarta-feira (15), pela primeira vez em quatro meses e meio de governo, o protesto das ruas. Em cerca de 250 cidades, manifestantes protestaram contra o corte nos orçamentos da Educação.
A adesão aos protestos, que começaram pela manhã, foi aumentando ao longo do dia. O Estadão lembra que nem os atos do #elenão, nas eleições, nem as manifestações contra o impeachment reuniram tanta gente.
Segundo organizadores, 50 mil pessosa foram às ruas em Brasília, 250 mil em Belo Horizonte e 10 mil em Fortaleza. A PM estima que 15 mil tenham participado dos protestos em Florianópolis. Em Santa Catarina, também foram registradas manifestações em Itajaí, Blumenau, São Francisco do Sul, Camboriú, Lages, Joinville, Chapecó, Araranguá, Curitibanos, Concórdia e Chapecó.
Em São Paulo, a Avenida Paulista foi fechada por estudantes, professores e servidores de escolas, faculdades e universidades públicas e privadas. Vários cartazes fazem referência à fala do ministro da Educação, Abraham Weintraub sobre “balbúrdia” em universidades. Uma das faixas dizia que a “balbúrdia é contra dinheiro da educação”. Participantes carregavam bandeiras de movimentos estudantis, centrais sindicais e partidos de esquerda. Mas a grande maioria era formada por professores, estudantes e pais de alunos que foram à manifestação de forma espontânea.
No Rio, na Praça XV, a ação “Educação na praça”, organizada pela AdUFRJ, reúne, em tendas espalhadas pelo local, professores e alunos de diversas áreas da UFRJ. Representantes da Unirio, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e Cefet também comparecem. Entre muitas atividades, pesquisadores da UFRJ apresentam seus projetos de pesquisa ao público. Segundo a organização, por volta das 12h, haviam 400 pessoas no local.
No Twitter
A manifestação contra os cortes na educação era o assunto mais comentado na rede social na tarde desta quarta. #TsunamiDaEducação é o principal trending topic mundial. A hashtag é uma referência à declaração feita pelo presidente Jair Bolsonaro na semana passada, quando ele disse: “Assim estamos governando. Alguns problemas? Sim. Talvez tenha um tsunami na semana que vem, mas a gente vence esse obstáculo aí com toda certeza”.
Já no Brasil, outras frases chaves aparecem nos trending topics : #NaRuaPelaEducacaod+ Idiotas (em referência à declaração de Bolsonaro sobre os manifestantes)d+ Abraham Weintraub (ministro da Educação) e #ForaBolsonaro.
Idiotas úteis
Em viagem oficial nos Estados Unidos, Bolsonaro procurou desqualificar a mobilização classificando a “maioria” dos manifestantes como “idiotas úteis” e “imbecis, que estão sendo usados como massa de manobra”.