Universidade Federal da Grande Dourados enviou ao presidente os nomes da primeira colocada, Etienne Biasotto, e de outros dois candidatos de seu grupod+ MEC cancelou o processo e pediu nova eleição
O Ministério da Educação (MEC) pediu que a Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) faça nova eleição para reitor. Em março, a UFGD realizou eleições com um terço dos votos para cada categoria (professores, servidores, estudantes). No dia 21 de março, o conselho formou a lista tríplice constando apenas o nome da primeira colocada, Etienne Biasotto, e duas outras pessoas de seu grupo.
Os outros dois candidatos, Liane Calarge e Joelson Pereira, não foram incluídos na lista a ser enviada a Brasília. Segundo a UFGD, a formação da lista foi uma estratégia para impedir que governo federal recusasse a escolha feita pela eleição na universidade.
Como resposta, o MEC cancelou o processo e pediu nova eleição. Na avaliação da Andifes (Associação Nacional Dirigentes de Instituições Federais do Ensino Superior), não adotar o critério da escolha do apontado em primeiro lugar na lista tríplice pode ameaçar a qualidade administrativa e desagradar a sociedade científica.
Por lei, o reitor e o vice-reitor de universidades federais são nomeados pelo presidente da República, escolhidos entre os indicados em listas tríplices elaboradas pelo colegiado máximo da instituição. Tradicionalmente, o presidente indica o primeiro colocado da lista tríplice. Mas o presidente Jair Bolsonaro declarou desde o começo de sua gestão que poderia escolher outro nome.
Com a decisão do MEC, o colegiado eleitoral da UFGD irá se reunir para decidir os encaminhamentos a ser realizados. Criada em 2005, após desmembramento da UFMS, é a primeira vez que a instituição tem o processo de lista tríplice devolvido.