Inep sem comando a três semanas das inscrições do Enem

Em meio à crise do MEC, inscrições para o exame estão mantidas para o período entre 6 e 17 de maiod+ governo ainda não nomeou novo dirigente do Inep e gráfica ainda não está definida

 

A três semanas das inscrições para o Exame Nacional de Ensino Médio (Enem), o órgão responsável pelo maior exame vestibular do país, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), continua sem comando. O general Francisco Mamede de Brito Filho, que atualmente é o chefe de gabinete do Instituto, chegou a ser anunciado pelo governo para ocupar o cargo, mas por enquanto a presidência continua vaga. O general entraria no lugar do engenheiro Marcus Vinicius Rodrigues, que foi demitido pelo então  ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez.

O jornal O Estado de São Paulo destaca a situação de indefinição do Enem provocada pela crise que se arrastou no Ministério da Educação (MEC) nos últimos meses.  O cronograma continua mantido: inscrições entre 6 e 10 de maio e provas nos dias 3 e 10 de novembro.

Questões práticas para a realização do exame, contudo, continuam indefinidas. Ainda não se sabe qual será a gráfica que imprimirá o exame – a gráfica responsável pela impressão nos últimos dez anos, a multinacional RR Donnelley , foi denunciada por um “esquema fraudulento” que teria garantido a permanência do mesmo contrato.

Desde que o Enem se tornou um vestibular, em 2009, nunca nenhuma outra gráfica fez o serviço. E só houve duas licitações no períodod+ nos outros anos, o contrato foi simplesmente renovado. A prova, que era impressa por cerca de R$ 30 milhões, hoje sai por R$ 120 milhões.

O Inep anunciou que pretende fechar com a gráfica Valid AS, que ficou em terceiro lugar em licitação de 2016 para imprimir o Enem, informa o Estadão.  A empresa é especializada em impressão de itens como cartão de crédito e chips de celular, mas nunca trabalhou na área da Educação.

Outra questão polêmica sobre o Enem foi o anúncio de uma comissão para revisar as questões das provas e para retirar enunciados que o governo considerasse de viés “ideológico”. O novo ministro da Educação, Abraham Weintraub, avisou que não gostou da ideia de criar tal comissão e afirmou que Bolsonaro não deveria perder tempo com questões do Enem.

Leia na íntegra: Estado de SP


C.G./L.L.