Olavistas demitidos do MEC vão para TV Escola

Canal é financiado pelo Ministério da Educação 

Ao menos três seguidores do escritor Olavo de Carvalho que foram demitidos do Ministério da Educação acabaram de ser contratados pela TV Escola, segundo reportagem do jornal O Globo. O canal é financiado pelo MEC e gerido pela Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto, entidade privada classificada como organização social. A associação recebeu R$ 92,6 milhões dos cofres públicos federais no ano passado. 

A TV Escola produz e veicula conteúdos audiovisuais em rede aberta para melhorar práticas pedagógicas. 

O advogado Tiago Tondinelli, que chefiou o gabinete do ministro Ricardo Vélez Rodríguez por cerca de dois meses, foi admitido na TV Escola para trabalhar na assessoria jurídica. Eduardo Freire de Melo, que era adjunto do cargo de secretário-executivo do MEC,  assumiu um cargo importante na TV Escola, de diretor geral adjunto.

Rodrigo de Almeida Morais, ex-assessor da pasta, se tornou assessor especial do canal de comunicação. Ele é secretário-geral do PSL de SP e ligado ao deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, que é um dos discípulos mais destacados de Olavo de Carvalho. Assim como Tondinelli e Melo, Morais era parte do grupo ideológico do MEC.

A TV Escola justificou as contratações pela necessidade criada a partir de uma “reestruturação do canal e da programação” que está em andamento. “Identificamos algumas áreas que precisam de reforços, como a da educação e a jurídica. Portanto, aproveitamos a oportunidade para absorver esses profissionais”, informou o canal em nota ao Globo, sem responder qual a procedência das indicações dos admitidos.

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