Nestor Roqueiro
Aquele quadro com a carta sindical, perdurado na sede Max e Flora, cultuado como um ídolo, para mim nunca foi mais importante do que um rolo de papel higiênico.
Neste espaço tem se falado de regimentos, artigos, incisos, apartados, …, tudo papel higiênico. E pode ser utilizado como tal se as bases do movimento docente assim o quiserem.
Podemos utilizar esses papéis enquanto todos pensamos que tem validade. No momento que pensarmos coletivamente que não representam nosso pensamento são papel molhado.
Todo poder emana do povo, diz sabiamente a constituição de 88, a constituição cidadã. Portanto o povo pode mudar as leis através do devido processo democrático.
Estamos na beira de um processo de destruição das aposentadorias, que leva no ventre a destruição da solidariedade, que indiretamente é usada para ameaçar os salários e que já está destruindo as universidades públicas por inanição. É isto que precisamos combater, HOJE!
E quais são as armas que temos hoje? Nenhuma.
Só teremos alguma chance se nos unirmos aos outros atingidos por esta manobra do “ mercado”. Quantos mais formos melhor.
Continhas para ver quantos delegados temos em um arranjo nacional, seja qual for? Precisamos só um, o melhor, para fazer diferença.
Sempre seremos donos das nossas decisões se assim o quisermos, se quisermos ser ovelhas basta não fazer nada.
Se formos uns covardes não vamos participar hoje de um movimento nacional por medo a estar junto com quem pensa diferente em outras questões que não a da reforma da previdência. Se formos valentes, quando este embate passar, vamos nos reunir de novo e ver que rumo é o melhor para nós.
Mas hoje, não temos outra opção para nos unir ao maior grupo de professores que serão atingidos pela reforma do que aderirmos ao Andes.
DAS – CTC