Crise no MEC pode atrasar cronograma do Enem

Demissões paralisam análise de questões do exame previsto para novembro  

 

A atual situação do Ministério da Educação (MEC) ameaça atrasar todo o cronograma do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).  As recentes demissões são responsáveis por travar o andamento dos trabalhos realizados pela comissão que está analisando as questões da prova.

O grupo começou a trabalhar no dia 20 e deve terminar nesta sexta-feira ou, no máximo, segunda-feira (a regra previa que a análise duraria dez dias).

O problema é que as perguntas consideradas inadequadas pela comissão devem obrigatoriamente ter um parecer do diretor da Diretoria de Avaliação de Educação Básica (Daeb), do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais (Inep). O diretor Paulo Roberto Cesar Teixeira pediu demissão ontem e ninguém foi nomeado para substituí-lo.

Também seria do presidente do Inep a função de dar o parecer final para saber se as questões ficam ou não na prova. Marcus Vinicius Rodrigues, que ocupava o cargo, foi exonerado terça-feira depois de desentendimento com o ministro Ricardo Vélez Rodríguez.

Apenas após a comissão finalizar as análises, é que serão escolhidas as 180 questões da prova deste ano. O processo é demorado já que envolve análises pedagógicas e técnicas. O exame está previsto para novembro.

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C.G/ N.O