O ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, foi desautorizado pelo Palácio do Planalto a nomear novos integrantes para sua equipe. O colombiano se reuniu na sexta-feira com Jair Bolsonaro, que informou que ele vai permanecer no cargo. No entanto, segundo o Estadão, há uma movimentação intensa nas diferentes alas do governo para buscar um substituto. Os militares devem propor um nome, assim como o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.
Vélez passa por um forte desgaste há quase um mês, quando enviou uma polêmica carta para todas as escolas do país, usando o slogan de campanha de Bolsonaro e exigindo que os alunos fossem filmados cantando o hino nacional. Em seguida, se envolveu em outras crises, como a da demissão de assessores ligados ao escritor Olavo de Carvalho.
Mais recentemente, sua escolha para a secretaria executiva do MEC, a evangélica Iolene Lima, foi dispensada antes mesmo de assumir, e demitida da posição que ocupava anteriormente no ministério.
Um dos nomes cotados para substituir Vélez é o senador Izalci Lucas (PSDB-DF), relator do projeto Escola Sem Partido no Senado. Lucas tem o apoio da bancada evangélica e do presidente da casa, Davi Alcolumbre. Outra opção é o consultor de educação da campanha de Bolsonaro, Stavros Xantophoyolos, que conta com o apoio do ministro da Economia, Paulo Guedes.
Existe ainda a opção de manter Vélez no cargo, e nomear um forte número dois, que limite sua atuação. Essa estratégia é favorecida pelos militares, que esperam poder indicar o secretário executivo.
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