Entidades que representam servidores reagiram ao anúncio da secretaria de Política Econômica, na última sexta-feira (15), de que há risco de o governo não conseguir pagar salários em 2020 caso a reforma da previdência não seja aprovada. Para o presidente do Fórum Nacional das Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), Rudinei Marques, “trata-se de mero alarmismo e chantagem com os servidores e o Legislativo, visando à aprovação da PEC 6/2019”.
Rudinei Marques enfatizou que os gastos com os servidores da União são inferiores aos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal. “Não há inchaço da máquina pública no Brasil, e os gastos da União estão sob estrito controle, abaixo dos tetos fixados pela LRF.
O dirigente também comparou o número total de funcionários públicos no Brasil em 2019 e em 1990. Embora a população brasileira tenha crescido mais de 30% desde a década de 90, de lá para cá o número de servidores não aumentou proporcionalmente, subiu de 630 mil (1990) para os atuais 633 mil, mantendo-se praticamente estável.
Se forem considerados os gastos de pessoal em relação ao PIB, acrescenta, temos queda ano a ano – em 2002 esse percentual era de 4,8% e em 2016 baixou para 4,3%. Marques também compara a média brasileira de empregabilidade no setor público, que é de 12%, com a média da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que é de 22%.
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L.L.