A Comissão Permanente de Pessoal Docente (CPPD) da UFSC realizou na última quarta-feira (13), no Centro de Ciências da Saúde (CCS), a primeira de uma série de reuniões com os professores da universidade para apresentar o novo sistema automatizado de progressão de carreira. A ferramenta facilita a concessão de pontos para atividades de pesquisa, extensão e outras que rege o sistema de progressão, e elimina completamente o uso de papel a partir do segundo semestre de 2019.
O professor Marcos Vinicius Ferraro, membro da CPPD, explicou no evento que o novo portal integra os dados de vários sistemas já existentes, como o Controle Acadêmico de Graduação (CAGR) e Pós-Graduação (CAPG) e o Sistema Integrado de Gerenciamento de Projetos de Pesquisa e Extensão (SigPex), em uma única plataforma. “As vantagens são agilidade, transparência, segurança jurídica para o professor, e sustentabilidade.”
Antes da mudança, a progressão funcionava manualmente. O professor tinha que reunir todas as atividades dos últimos dois anos em um memorial descritivo, e entregar os documentos para análise do colegiado de curso. Só depois de aprovado em colegiado os papéis eram avaliados pela CPPD.
A partir do semestre que vem, todo o processo será feito de forma automática: uma vez que os sistemas estão integrados, todos os dados são automaticamente reunidos e enviados para a CPPD, sem precisar passar pela aprovação do colegiado. Isso acontece porque o PAAD do professor, que é integrado no sistema, já foi aprovado anteriormente. “É um passo em direção ao sonho de que, para progredir, o professor só precise apertar um botão”, disse Ferraro. As exceções são os níveis de professor associado e titular, que ainda passam por revisão do colegiado.
A mudança está em desenvolvimento desde 2017, e o sistema será completamente automatizado a partir do segundo semestre de 2019. O período que é avaliado para a progressão sempre inclui os quatro semestres anteriores. A partir de 2019.2, todos os quatro semestres anteriores já estarão no sistema.
Para quem está realizando o pedido agora, haverá um período de transição. Quem pretende incluir ações do período anterior a 2017.2 ainda precisa fazê-lo fisicamente.
A CPPD estima uma economia de 120 mil folhas de papel por ano. “São aproximadamente doze árvores que vamos salvar todo ano”, disse Ferraro.
O SigPex, onde professores cadastram suas atividades e adquirem pontos para conseguir o próximo nível da carreira, também sofrerá mudanças. Agora, os docentes terão os pontos recebidos através de pesquisa, extensão, participação em bancas e eventos externos e outras atividades alocados automaticamente. A exceção são as bancas de TCC, mestrado e doutorado internas, que ainda precisam ser colocadas no sistema manualmente pelo professor.
No entanto, o novo sistema segue desconectado do Currículo Lattes, obrigando ainda os professores a uma duplicidade de trabalho para registrar cada item de sua produção.
Serão realizadas outras 11 reuniões em vários centros da universidade para elucidar dúvidas dos professores. A próxima, no dia 20, acontece no auditório do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH). Acesse o cronograma dos eventos.
V.L. / N.O.