O decreto do governo Bolsonaro que extinguiu cargos comissionados teve o efeito direto de fechar 20% dos cargos de coordenadores de curso que estavam disponíveis para as cinco novas universidades federais em criação no Brasil. As universidades federais do Agreste do Pernambuco (PE), Rondonópolis (MT), Delta do Parnaíba (PI), Catalão e Jataí (GO) e Rondonópolis (MT) foram afetadas. Esse grupo, chamado de “super novas”, eram campi regionais de outras universidades, e foram transformadas em instituições independentes em 2018. Entretanto, elas só existem no papel: o MEC ainda não indicou reitores pro tempore para que as universidades possam ser estruturadas. O decreto dificulta ainda mais esse processo.
Dos cerca de 200 cargos disponíveis para a nova Universidade Federal de Catalão, por exemplo, 49 foram extintos. Segundo Cláudio Maia, vice-diretor do campus de Catalão, que ainda funciona como parte da Universidade Federal de Goiás (UFG), o corte “é um impacto que precariza a parte administrativa, mas não inviabiliza as atividades”.
Para Maia, o maior obstáculo para o funcionamento das novas universidades é a falta de reitores pro tempore. “Sem isso, não podemos criar um conselho para aprovar o estatuto e o regimento”, explica.
V.L/N.O