Seis integrantes do alto escalão do Ministério da Educação tiveram suas exonerações publicadas em edição extra do Diário Oficial da União de segunda-feira (11), entre eles o chefe de gabinete, Tiago Tondinelli, e o assessor especial, Sílvio Grimaldo Camargo, informa o site G1. A portaria foi assinada por Abraham Weintraub, ministro-chefe substituto da Casa Civil.
Em nota, o MEC afirmou que “as movimentações de pessoal e de reorganização administrativa, levadas a efeito nos últimos dias, em nada representam arrefecimento no propósito de combater toda e qualquer forma de corrupção”. A nota diz ainda que o ministério “continua firme no propósito de dar prosseguimento aos trabalhos de apuração de indícios de irregularidades no âmbito da pasta”.
Confira os nomes e cargos dos exonerados:
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Tiago Tondinelli (chefe de gabinete do ministro da Educação)d+
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Eduardo Miranda Freire de Melo (secretário-executivo adjunto da secretaria executiva do Ministério da Educação)d+
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Ricardo Wagner Roquetti (coronel que atuava como diretor de programa da secretaria executiva do Ministério da Educação)d+
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Claudio Titericz (diretor de programa da secretaria executiva do Ministério da Educação)
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Silvio Grimaldo de Camargo (assessor especial do ministro da Educação)d+
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Tiago Levi Diniz Lima (diretor de Formação Profissional e Inovação da Fundação Joaquim Nabuco).
Na mesma edição do Diário Oficial, foram publicadas três nomeações: Josie Priscila Pereira de Jesus, como chefe de gabineted+ Robson Santos da Silva, como diretor de Formação Profissional e Inovação da Fundação Joaquim Nabucod+ e Rubens Barreto da Silva para secretário-executivo adjunto da secretaria-executiva do MEC. Os outros três cargos, de assessor especial e duas diretorias de programas, continuam vagos.
Parte do grupo exonerado era ligado ao escritor Olavo de Carvalho. Entre eles, o agora ex-assessor especial do ministro, Sílvio Grimaldo.
“Entre outras coisas, esse grupo tinha em comum o fato de serem alunos, leitores ou admiradores do professor Olavo de Carvalho”, escreveu Grimaldo em uma rede social. “E esse grupo incomodava. Pouco, mas incomodava. Pois era ele quem sempre cobrava mais alinhamento com o presidente da República, mais fidelidade ao Bolsonaro, mais fibra e mais, digamos, faca na bota e sangue nos olhos”.
Militares afastados do MEC
A outra metade dos exonerados é formada por militares que faziam parte da secretaria executiva do MEC, chefiada por Luiz Antonio Tozi, desafeto de Olavo de Carvalho que se mantém no cargo apesar das pressões do escritor vai rede social.
Já no domingo, após sequência de críticas de Carvalho ao coronel da Aeronáutica Ricardo Wagner Roquetti no Twitter, o presidente Jair Bolsonaro determinou a exoneração de Roquetti ao Ministro da Educação. Os outros dois militares de carreira exonerados do MEC são: Eduardo Melo, que era adjunto de Tozi, e Claudio Titericz.
No mesmo dia em que determinou a exoneração de Roquetti, o presidente Jair Bolsonaro declarou à imprensa que “sofre pressões enormes da velha política, mas que os ministros têm plena liberdade para escolher suas equipes, destaca o jornal O Globo.
L.L.