Pesquisa do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações aponta que o percentual de mestres e doutores desempregados no Brasil está em torno de 25%, enquanto no mundo esta média é de 2%. Entre os mestrandos, o índice de desemprego é ainda mais alto, em torno de 35%, informa o jornal Correio Braziliense, que publicou matéria sobre o assunto.
Em 2014, havia 445.562 mestres titulados e, destes, 293.381 estavam empregados. Conforme o último levantamento da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), em 2017 foram formados no país 50.306 mestres, 21.591 doutores e 10.841 pessoas no mestrado profissional. A assessoria da entidade informou que o orçamento de cerca de R$ 4 bilhões, bem como o número de bolsas – 93,5 mil no Brasil e no exterior – se mantiveram estáveis nos últimos anos.
“Acho que esse cenário é um reflexo da pouca valorização que a educação sofre no país. Lá fora, existe um grande apoio a museus e a centros de ciência. As empresas também investem em pesquisa, inovação. Falta incentivo no Brasil para se investir em ciência”, avalia o paleontólogo Bruno Gonçalves, doutor pela USP. Ele conclui que a falta de políticas públicas para inserção dos doutores no mercado de trabalho leva a uma “fuga de cérebros” para outros países. “Temos um exército de doutores desempregados que não têm onde aplicar os conhecimentos”, acrescenta.
Leia: Correio Braziliense
L.L.