Universidades públicas não serão privatizadas, afirma o Ministro da Educação

Em audiência pública com a Comissão de Educação (CE) do Senado, nesta terça-feira (27), o ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez assegurou que as universidades públicas não serão privatizadas: “Ele [o ensino superior] deve continuar como patrimônio público. De que forma? […] Otimizando o rendimento das universidades públicas da sua região”. A informação é do jornal Folha de São Paulo.

 

Vélez Rodriguez defende o aumento do número de estudantes em relação a cada professor como saída para acrescentar vagas em universidades federais. Ele observa que, atualmente a relação professor-aluno nas públicas ainda é folgada no Brasil: é de 1 [professor] para 11 [alunos] ou 1 para 7”.

 

O ministro também defendeu a continuidade da política de cotas. Segundo informações do G1, o ministro afirmou que defende as ações afirmativas “enquanto não for resolvida a questão do ensino básico de qualidade para todos, que possibilite no final do fundamental e do segundo grau ao jovem que quiser concursar na universidade pública em pé de igualdade”.

 

Na opinião Vélez Rodríguez,  a “dívida” social não é apenas uma “questão de raça”, mas “uma questão de qualidade do nosso ensino básico e fundamental, que, no setor público, ainda não é o que deveria ser”. A declaração do ministro contraria posicionamentos do presidente Jair Bolsonaro (PSL), que expressou, ao programa Roda Viva, a pretensão de “pelo menos, diminuir o percentual” das cotas.

Segundo o portal G1, o ministro apontou a alfabetização e valorização dos professores como pontos prioritários do Ministério da Educação (MEC). Além disso, sem explicar qual seria o papel do governo, ele advogou pelo modelo das escolas militares, se limitando a dizer que um dos benefícios da modalidade é o renascimento do espírito cívico. “Não é o militarismo, não é a violência, não. É o amor pelo Brasil”, opina.

 

MEC desiste de pedido de vídeos alegando “razões técnicas”

 

Em resposta ao pedido de esclarecimento do Ministério Público Federal (MPF) ao ministro Vélez Rodriguez, o MEC anunciou que, por “razões técnicas de dificuldade de guarda desse material”, “bem como as de segurança”, o pedido de envio dos vídeos foi revogado. Segundo o Ministério, a decisão da desistência partiu de Vélez Rodriguez e novos e-mails serão encaminhados às escolas básicas para informá-las. O pedido de esclarecimento da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), órgão que integra o MPF, havia sido feito na terça-feira (26), com prazo de resposta de até 24 horas.  

 

Leia: Folha / Jornal da Ciência / G1 / UOL Educação / UOL


L.S.L.L.