A Assembleia Nacional da Classe Trabalhadora, realizada ontem pelas centrais sindicais na Praça da Sé, em São Paulo, rejeitou as mudanças nas regras para aposentadoria propostas pelo governo Bolsonaro. Mais de 10 mil pessoas participaram do protesto na manhã de ontem na capital paulista enquanto o presidente entregava o texto da proposta de reforma da Previdência no Congresso Nacional. “Não existe reforma, o que Bolsonaro apresentou hoje é o fim da Previdência, fim da Seguridade Social no País”, disse Vagner Freitas, presidente da CUT.
Em resposta à propaganda oficial do governo, que vai afirmar que a reforma acaba com os privilégios, o presidente da CUT disse “privilégio é o alto escalão do Judiciário, é a cúpula militar.” “E a reforma não acaba com privilégios, simplesmente acaba com o direito à aposentadoria do povo trabalhador, que na maioria dos casos recebe o benefício de um salário mínimo pra sobreviver”, disse, ressaltando que a proposta de Bolsonaro prejudicará milhares de municípios com menos de 100 mil habitantes que dependem das aposentadorias para fazer girar a economia local.
Durante a assembleia foi definido um calendário de lutas que prevê, além de atos públicos, mobilização nos locais de trabalho e nos bairros de todos os municípios do País. “Na convocação de grandes atos unitários, destacamos o 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, e o 1º de Maio, Dia do Trabalhador”, diz trecho do documento aprovado pelos trabalhadores na Assembleia Nacional.
Além disso, foi deliberado “a realização de um dia nacional de lutas e mobilizações em defesa da Previdência Social Pública e contra o fim da aposentadoria, em data a ser estabelecida pelas centrais sindicais, como parte da Jornada Nacional de Lutas em defesa da Seguridade e a Previdência Social”.
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N.O.