A Universidade de São Paulo (USP) voltou atrás em sua decisão da última sexta-feira (15) de barrar as matrículas de estudantes de escolas militares que haviam se cadastrado no Sistema de Seleção Unificado (Sisu) pela ação afirmativa de oriundos de escolas públicas. Em nota, a USP afirmou que os alunos tiveram suas matrículas aceitas, “uma vez que atendem plenamente ao regramento estabelecido para o concurso vestibular 2019”. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, a decisão anterior da USP havia mobilizado setores do Exército e do Ministério da Educação.
Ainda na nota, a USP alega que os casos de estudantes de escolas militares tiveram de ser analisados um a um, porque a universidade havia sido informada de que algumas instituições se diziam militares, mas eram administradas pela iniciativa privada e cobravam mensalidades. A Pró-reitoria de Graduação havia detectado doze escolas com este perfil. Segundo o Exército, a decisão afetava mais de 20 alunos — na estimativa da USP, eram dez.
De acordo com informações obtidas pelo Estadão, os alunos afetados haviam recebido e-mails da universidade, segundo os quais as matrículas haviam sido canceladas para não “burlar” a “finalidade das políticas de inclusão”. O texto era assinado pelo pró-reitor de Graduação, Edmund Chada Baracat, e elaborado pela Comissão para o Monitoramento Operacional do Processo de Ingresso. O governador de São Paulo, João Doria, e o Ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, foram acionados para resolver a situação.
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L.S./L.L.