Bolsonaro anuncia Lava Jato da Educação

O ministro da Justiça, Sérgio Moro, e o ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, assinaram um documento para abrir uma “ampla investigação interministerial” de indícios de corrupção em setrores do MEC, incluindo universidades federais. Vélez Rodriguez chamou o acordo de um “protocolo de intenções”, com o objetivo de “apurar desvios no MEC e nas suas autarquias”. O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Maurício Valeixo, também participou da reunião. O presidente Jair Bolsonaro comentou a decisão no Twitter, dizendo que “muito além de investir, devemos garantir que investimentos sejam bem-aplicados e gerem resultados. Daremos início à Lava Jato da educação!”.

Para justificar a iniciativa, o MEC citou exemplos que considera “emblemáticos”, como concessão ilegal de bolsas de ensino à distância e irregularidades em universidades federais, além de favorecimentos indevidos no Programa Universidade para Todos (ProUni) e no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec).

Foi com base em uma suspeita de irregularidade no ensino à distância que a PF deflagrou a operação Ouvidos Moucos em 2017, que levou ao suicídio do reitor da UFSC na época, Luiz Carlos Cancellier de Olivo. O relatório da PF sobre a invesigação, concluída em maio do ano passado, não oferceu nenhuma prova dos supostos desvios.

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