Grupo de origens e atuações distintas, a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos Dom Paulo Evaristo Arns será lançada próxima quarta-feira (20) com o objetivo que o próprio nome declara: defender os direitos humanos. A informação é do jornal Valor Econômico.
Composta por 20 pessoas, entre juristas, jornalistas, intelectuais e ativistas, a comissão também conta com seis ex-ministros de diferentes governos – cinco da gestão de Fernando Henrique Cardoso e um do período Lula.
Nesse grupo tão diverso, o consenso que levou à criação da comissão é a necessidade de reagir às atuais correntes de pensamento contrárias à defesa dos direitos humanos. Segundo Paulo Sérgio Pinheiro, que preside a comissão, a entidade não está ligada a nenhum movimento partidário. “Apenas reúne os “suspeitos de sempre” na defesa dos direitos humanos, que estão ameaçados no país”.
Entre as primeiras ações da comissão está o acompanhamento de duas questões: a revisão da política de demarcação de terras indígenas e a tramitação do pacote de medidas de endurecimento penal proposto pelo ministro da Justiça, Sérgio Moro.
Integram a Comissão Arns os ex-ministros José Gregori (FHC), Luiz Carlos Bresser Pereira (Sarney e FHC), Paulo Sérgio Pinheiro (FHC), José Carlos Dias (FHC), Cláudia Costin (FHC) e Paulo Vannuchi (Lula). A presidente de honra será a ex-presidente da Comissão de Justiça e Paz de São Paulo, Margarida Genevois.
Também fazem parte o reitor da Universidade Zumbi dos Palmares, José Vicented+ o ex-secretário de Justiça de São Paulo, Belisário Santos Jr.d+ os juristas Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, Fábio Konder Comparato e Oscar Vilhena Vieirad+ os cientistas políticos André Singer, Luis Felipe Alencastro, Maria Hermínia Tavares de Almeida e Maria Vitória Benevidesd+ os filósofos Sueli Carneiro e Vladimir Safatle, além do líder indígena Ailton Krenak e da jornalista Laura Greenhalgh.
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L.L.