Com o título “Faxina ideológica”, ministro da Educação é o entrevistado de fevereiro da Veja

O ministro da Educação foi o entrevistado para as páginas amarelas da edição de fevereiro/2019 da Revista Veja. O professor Ricardo Vélez Rodríguez disse que nunca cogitou o cargo até a indicação do filósofo Olavo de Carvalho. Em novembro de 2018, Vélez conversou com o então candidato Jair Bolsonaro, quando lhe foi perguntado: “Vélez, você tem faca nos dentes para enfrentar o problema do marxismo no MEC?”.

Vélez falou à Veja sobre os principais assuntos pontuados em suas declarações durante o primeiro mês de governo. Entre eles, defende o fim do sistema de cotas, a cobrança de mensalidades nas universidades federais e o retorno da disciplina “educação moral e cívica”.

Para o ministro, as cotas são uma “solução emergencial que não conduz a lugar nenhum” e devem ser extintas. “De imediato, não vamos abolir as cotas, até porque me matariam quando eu saísse à rua. Mas as cotas têm de ser eliminadas com o tempo”, disse. Quanto à cobrança de mensalidade de alunos em universidades federais, ele citou o sistema colombiano, onde cada aluno paga de acordo com a renda comprovada.

Para o ensino fundamental, Vélez defendeu o retorno da educação moral e cívica como uma maneira de “aprender, por exemplo, o que é ser brasileiro. Quais são os nossos heróis? O PT tentou matar todos eles”. (…) “É necessário lembrar que existem contextos sociais diferentes e que as leis dos outros devem ser respeitadas. O brasileiro viajando é um canibal. Rouba coisas dos hotéis, rouba o assento salva-vidas do aviãod+ ele acha que sai de casa e pode carregar tudo. Esse é o tipo de coisa que tem de ser revertido na escola”, declarou.

A entrevista do ministro provocou reações por suas críticas aos brasileiros, tendo em vista que Vélez Rodríguez nasceu na Colômbia. O colunista Octávio Costa, do Jornal do Brasil, perguntou por que o ministro optou pela nacionalidade brasileira, se tem os nacionais em tão baixa conta. Já o colunista Edmundo Leite, do Estadão, disse que o ministro criticou o cantor Cazuza equivocadamente, atribuindo-lhe uma frase que não era dele. E o colunista Antonio Góis, de O Globo, questionou a opinião do ministro sobre o fato da universidade não dever ser para todos, apresentando dados comparativos de vários países.

Leia a entrevista completa: Veja

Veja a repercussão: Estadão / Folha / Jornal do Brasil


V.C / E.M.