Para uma plateia de deputados e senadores recém-eleitos, durante evento do Instituto CEP Liderança Pública, em Brasília, na última quarta-feira (30), o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, disse que, por determinação do presidente Jair Bolsonaro, todos os segmentos da sociedade vão entrar na reforma da Previdência, inclusive os militares. A informação é do jornal O Globo.
Ao jornal Valor Econômico, Marinho acrescentou, no mesmo evento, que é o presidente quem decidirá o “timing” da reforma da previdência dos militares e que ainda não sabe se eles serão incluídos na PEC do governo Temer ou numa segunda etapa. “Eles vão entrar, nenhum segmento ficará de fora da reforma. Mas o timing quem vai decidir é o presidente Bolsonaro”, disse.
Na avaliação do secretário, “as finanças públicas se deterioraram e também teve uma deterioração gradativa dos serviços públicos. Governadores passaram a ser gestores de folha de pagamento. O presidente Bolsonaro quer uma reforma com justiça social. É importante que essa rede de proteção social seja preservada. Quem tem menos, contribui menos e quem tem mais, contribui proporcionalmente mais. Nosso sistema é injusto e insustentável”. Segundo Marinho, oito governadores foram à Brasília manifestar apoio à reforma e relatar as dificuldades fiscais de seus estados.
Governo estuda participação de 8,5% das empresas
A criação do sistema de capitalização, defendida pelo ministro da economia, Paulo Guedes, fará parte da proposta que será enviada ao Congresso em meados de fevereiro. Segundo o jornal O Estado de São Paulo, uma das possibilidades em análise é que, no regime de capitalização, as empresas empregadoras contribuam com 8,5% do salário do empregado. Somado às contribuições dos empregados, que pagariam 8,5%, o percentual total de contribuição seria de 17% – o que garantiria uma poupança suficiente para a aposentadoria dos trabalhadores, na avaliação da equipe econômica.
L.L.